O Instituto Técnico-Científico de Polícia (Itep) informou nesta quarta-feira (25) que trabalha com a expectativa de que não sejam encontrados mais corpos de presos mortos na Penitenciária de Alcaçuz. O presídio foi o palco de uma matança no dia 14 de janeiro quando presos de uma facção criminosa promoveram a matança de detentos rivais.
REBELIÃO NO RN
Motim em Alcaçuz deixou 26 mortos
A polícia confirmou a morte de 26 presos, no entanto, membros como braço e cabeça foram encontrados e, por isso, acreditava-se que o número e vítimas poderia aumentar.
Segundo Marcos Brandão, diretor do Itep, o instituto está coletando material para enviar para Salvador para a realização de exames de DNA. Já duas cabeças que haviam sido encontradas pertenceriam a presos que já estavam na contagem de mortos da rebelião e cujos corpos foram devolvidos às famílias sem a cabeça.
Nesta terça, teve início a operação de intervenção e retomada do controle da penitenciária, com participação de policiais militares do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope), do Batalhão de Choque (BPChoque) e de agentes penitenciários do Grupo de Operações Especiais (GOE).
As Forças de Segurança do RN entraram em Alcaçuz e fizeram a contagem de presos, mas os dados não haviam sido divulgados pelo governo até esta quarta.
Um vídeo divulgado pelo GOE mostra o momento em que os agentes penitenciários invadem o pavilhão 5 de Alcaçuz para retomar o controle da unidade e fazer a contagem dos presos.
Nesta quarta foi feita uma limpeza na área externa ao presídio. A ação acontece após a descoberta de quatro túneis nos últimos dias e faz parte das medidas de segurança anunciadas pelo secretário de Segurança Pública e Defesa Social do Rio Grande do Norte, Caio Bezerra.
Um trator foi usado para retirar mato da área. De acordo com a Sesed, será colocada uma cerca na área externa de Alcaçuz, equipada com sistema de alarme e afastada 50 metros do muro da penitenciária. O objetivo é manter um perímetro de segurança para evitar entrada de armas, drogas e outros ilícitos arremessados de fora para dentro.
Fonte: G1RN
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