Grupo Itagres de Santa Catarina despreza projeto no Nordeste.

O grupo catarinense Itagres com sede na cidade de Tubarão SC possui uma filial desativada desde junho de 2014 na cidade de Mossoró RN. Criada na época com a perspectiva de ser a fábrica de cerâmica mais moderna da América Latina a unidade no Nordeste transformou-se num imenso elefante branco, acumulando dívidas que hoje chega perto dos 200 milhões de reais que envolve fornecedores e mão de obras além de impostos federativos.

A unidade do grupo no Nordeste e uma prova viva do descaso administrativo implantado sem planejamentos alicerçado, onde resultou em um enorme prejuízo, a unidade já foi a leilão afim de quitar débitos de impostos federais e não houve interessados.

Muitos pais de família tiveram seus direitos negados pela empresa. Entre os inúmeros processos particulares há na justiça um coletivo onde 151 pleiteiam o direito de receber os valores rescisórios bem como o FGTS.

Inúmeros pais de família tiveram seus direitos retidos por parte da administração do grupo.

Enquanto Mossoró herda esse quadro lastimável de dividas prejuízo e desemprego a matriz na cidade de Tubarão SC ostenta bonança. Mesmo depois de enfrentar um desastre natural que levou ao chão parte do seu parque industrial, foi reestruturada em tempo recorde. Em meados de 2016 sorteou entre seus representantes comerciais um automóvel 0km pelo alcance de vendas recorde.

A pergunta que não quer calar e: Se tem tanto recurso para esbanjar por que não agem de maneira honesta para quem apoiou e cooperou com o projeto de ampliação do grupo em Mossoró?

Na realidade parece que a sociedade, municipalidade e poderes públicos de Mossoró foi utilizada apenas como plataforma de alavancamento do grupo Itagres no cenário nacional e internacional. Diga-se de passagem, durante o período de 10 anos, tempo esse que usufruiu dos nossos excetivos fiscais, a matriz da Itagres foi ampliada, reestruturada e passou a ter uma visibilidade maior no ramo da indústria cerâmica nacional.

Está na hora de Mossoró acordar, principalmente o setor jurídico, não podemos permitir que faça nesta esfera o que o grupo fez com os poderes municipais e estaduais que deixaram-se levar por conversas bonitas e nos fizeram amargar tamanho prejuízo.

Ex funcionários da Porcellanati _ Fonte: O câmera