Pelo menos 15 corpos ou ossadas de pessoas não identificadas estão acumuladas no Instituto Técnico-Científico de Perícia (Itep) de Natal. Superlotado, o Itep reúne corpos fora das câmeras frigoríficas, ensacados no chão do pátio, expostos ao sol. De acordo com o diretor do Itep, Marcos Brandão, a situação acontece pela espera por vagas nos cemitérios públicos da cidade. “Esses corpos estão sobrecarregando o sistema”, afirmou Marcos.
Dentre os corpos estão os quatro mortos não identificados do massacre de Alcaçuz, vítimas da rebelião que aconteceu em janeiro na maior penitenciária do estado. Na ocasião, pelo menos 26 detentos foram mortos em uma briga envolvendo facções criminosas rivais que dispustam o poder do tráfico de drogas no estado.
O Itep cobra vagas nos cemitérios para enterrar os indigentes, mas a situação está sem solução há mais de um ano.“Não tem vaga para enterrar esses corpos. Entramos em contato com a prefeitura, mas nossas reuniões são canceladas”, explicou Brandão. “Todos os dias chegam novos corpos, mas nenhum indigente saiu. Isso contribui para o mau cheiro, pois alguns corpos já chegam em estado de decomposição, mas não temos câmaras para guardá-los”, acrescentou.
Fonte: G1RN
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