Apesar do vazamento da barragem ter sido reparado ainda na madrugada deste sábado, o secretário de Infraestrutura Hídrica do Ministério Nacional da Integração, Antônio de Pádoa, disse que vai precisar de, pelo menos, dois dias para reavaliar a situação da obra e estabelecer um novo prazo para a chegada da água em Monteiro, na Paraíba.
Além do problema de vazamento na barragem, estação elevatória 6 (a última antes da Paraíba) estava sem funcionar na manhã deste sábado. Uma barreira também foi montada evitando a saída da água da barragem Barreiro, que foi rompida.
O problema causou frustração aos paraibanos, que aguardam a chegada da água com ansiedade para este domingo. O Polícia Militar, Gerônimo Francisco, é natural de Campina Grande, no Agreste paraibano e viajou até a cidade de Monteiro neste fim de semana para ver a chegada da água do Rio São Francisco.
“Dá uma frustração, assim, ficar numa expetativa muito grande para saber a nova data que essa água vai chegar. Ela vai beneficiar muita gente não só de Monteiro, mas de todo o Cariri do Estado”, disse ele.
No início do ano, o Ministério da Integração confirmou a chegada das águas em Monteiro para até o dia 28 de fevereiro. Depois o prazo foi adiado para o dia 6 de março. Mas, há 15 dias, o prazo foi antecipado para este domingo (5).
Entretanto, com o vazamento em Barreiro, a chagada foi adiada novamente. Com o atraso da chegada da água em Monteiro, os açudes da Paraíba também vão ficar mais tempo sem receber recarga com as águas da tranposição do “Velho Chico”.
Situação dos açudes
O açude de Poções, em Monteiro, tem capacidade para armazenar 29,8 milhões de metros cúbicos de água, mas está com apenas 164.2 mil, o que corresponde a 0,6%. O açude de Camalaú tem capacidade para armazenar 48,1 milhões de metros cúbicos de água, mas está com apenas 3,1 milhões, o que equivale a 6,5% da capacidade.
Já o açude Epitácio Pessoa, conhecido como açude de Boqueirão, no Cariri paraibano, tem capacidade para 411,6 milhões de metros cúbicos de água, mas está come apenas 15,1 milhões, o que corresponde a 3,7% da capacidade total. Boqueirão abastece Campina Grande e outras 18 cidades da região do Agreste. Essas cidades estão em racionamento desde dezembro de 2014 por causa da crise hídrica.
Ainda no caminho que as águas da transposição devem passar depois que chegarem na Paraíba, depois de Boqueirão a água segue para o açude de Acauã, em Itatuba, que pode armazenar até 253 milhões de metros cúbicos de água, mas está com apenas 15,5 milhões, o que equivale a 6,2%, e depois vai para o açude de Araçagi, que tem capacidade para em 63,2 milhões de metros cúbicos de água e está com 44 milhões, que corresponde a 69,6%. Os dados foram coletados no site da Agência Executiva de Gestão das Águas da Paraíba (Aesa), neste sábado.
Portal do Litoral
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