O novo ministro da Justiça, Osmar Serraglio (PMDB-PR), em entrevista ao jornal Folha de S.Paulo publicada nesta quinta-feira (9), defendeu que pessoas que cometeram crimes de menor gravidade não deveriam ser encarceradas – numa proposta para evitar a superlotação da penitenciárias. Questionado se considera que acusados de corrupção não teriam de estar presos, ele desconversou: “São outros casos. Aí eu não entro”. Mas afirmou que também há níveis diferentes de corrupção.
“Existem bandidos e bandidos, como em qualquer circunstância. Os bandidos de menor gravidade precisam de outro tratamento [que não o encarceramento]”, disse Serraglio à Folha de S.Paulo. Ele citou o exemplo do usuário de drogas, que acaba sendo preso como traficante. Segundo ele, apenas criminosos perigosos para a sociedade teriam de ser presos.
Para buscar uma solução para a crise carcerária, o ministro também afirmou que vai procurar a presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Cármen Lúcia, para “tentar mudar” a questão dos presos provisórios – detentos que ainda não foram condenados pela Justiça. Serraglio disse que em alguns estados até 80% dos presos são provisórios.
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