O ano 2017 chega ao seu 110º dia com a marca de 755 vidas perdidas em condutas violentas letais intencionais no Rio Grande do Norte. Esses números correspondem a quase 7 CVLIs por dia, ou seja, uma pessoa vem sendo assassinada a cada 3 horas e meia no estado, e desse total, quase 5% (4,90%) ou 37 vÃtimas, foram mulheres.
quadro de insegurança enfrenta o inconformismo de vários grupos, inclusive oriundos do próprio governo do estado, que, juntos ou separados, vem buscando soluções e meios para reduzir, frear e/ou acabar com as violências contra as mulheres.
A violência homicida contra a mulher, ou a violência femicida como costumamos denominar, é apenas um pequeno e drástico número dentre as agruras sofridas pelas mulheres potiguares, e algumas dores ainda são consequência do machismo e na desigualdade entre os gêneros.
Mas a mulher potiguar é guerreira e não se deixa vencer facilmente. São donas de casa, empregadas domésticas, juÃzas, deputadas, prefeitas, advogadas, professoras, policiais e de outras profissões ou ocupações que se engajam em sua esfera de influência no sentido de alertar e orientar outras mulheres sobre não se deixar vitimizar pelas ações de seres que as enxergam como objetos.
E foi com esse pensamento valorizador da mulher potiguar, que o Deputado Estadual Fernando Mineiro sugeriu que nesse boletim houvesse a presença contributiva delas em forma de textos. Essa ideia brilhante se traduziu em 4 textos: Paoulla Maués com o artigo Protagonismo em Ações Sociais: Proatividade Protetiva, Kécia Saionara com a prosa poética Entre o Esquecer e o Agir, Maria das Graças Soares Mello com o artigo Machismo: A Cultura que Pode Matar e Sabrina Lima com o artigo: Violência Contra a Mulher: Perspectivas para além da Punição.
Os diversos esforços individuais de todas essas atrizes do cenário potiguar, precisam ser orientados por mapeamentos, propostas de soluções e atitudes positivas para ampliar ações protetivas em favor de mulheres suscetibilizadas. A despeito da violência, saudamos a nova chefe da pasta SESED – Secretaria Estadual de Segurança Pública e da Defesa Social, a delegada da PolÃcia Civil do RN: Sheila Freitas, que chega para dar continuidade ao enfrentamento da violência neste estado.
As 37 mortes provocadas por condutas violentas letais intencionais no ano 2017 distam 10 vÃtimas do número alcançado no mesmo perÃodo em 2016 e 4 em 2015, são 37% de aumento de mortes matadas de mulheres e destas, 6 tiveram as caracterÃsticas de violência doméstica e/ou de gênero. Será que esse número satisfaz a nossa vontade de reduzir esse seguimento da criminalidade letal? Nunca, precisamos mapear as violências sexuais, fÃsicas, psicológicas, patrimonial e outras para criarmos no Rio Grande do Norte um território onde a mulher se sinta protegida, acolhida e reinserida na sociedade.
Clique aqui para acessar a publicação na Ãntegra http://bit.ly/ObvEsp03
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