O grupo nacionalista palestino Fatah e o movimento islâmico Hamas ressaltaram hoje (12), na Cidade do Cairo, o compromisso de concluir a reconciliação palestina e acabar com a divisão que separa ambas as partes desde 2007.
O representante do Fatah, Azzam al Ahmad, e o líder do Hamas, Saleh al Arouri, anunciaram em entrevista que o primeiro passo para a reconciliação será reforçar o governo da Autoridade Nacional Palestina (ANP), que voltou à Faixa de Gaza no dia 2 de outubro.
"As conversas se concentraram em impulsionar o governo de consenso nacional para que trabalhe com todas as suas competências tanto na Cisjordânia (governada pelo Fatah) como em Gaza (controlada pelo Hamas)", assegurou Arouri, após três dias de conversas entre ambas as partes na sede dos Serviços de Inteligência do Egito.
Além disso, destacou que os representantes do Hamas se mostram "firmes, sérios e honestos para acabar com a divisão e abrir a porta para chegar à reconciliação". Segundo ele, "não há outra opção a não ser continuar com a união do povo".
Negociações resultam em acordo
Arouri afirmou que não há outras negociações com o Fatah, já que apenas um acordo foi assinado no Cairo em maio de 2011, "que tem tudo".
O diretor do Fatah, Hazem Abu Shanab, explicou à agência de notícias EFE que os dois grupos abordaram o acordo assinado na capital egípcia, que estipula formar um governo de unidade e convocar eleições gerais, um pacto no qual ambas as partes fracassaram ao implementar, embora agora exista "um ambiente de consenso" para que tudo dê certo.
Na entrevista, as duas partes disseram que adotaram uma postura "séria e disposta a fazer com que a reconciliação tenha sucesso" e capaz de "tudo para chegar à reconciliação com a meta de enfrentar o projeto sionista e dar esperanças ao povo".
Hoje, fontes dos dois grupos detalharam que Fatah e Hamas também pactuaram a entrega das passagens fronteiriças em Gaza à Autoridade Nacional Palestina e que voltarão a se reunir no Egito em novembro para estudar como implementar os artigos do acordo do Cairo.
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Edição: Luana Lourenço - Da Agência EFE
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