Seis juízes potiguares recebem proteção especial atualmente por causa de riscos gerados pelo trabalho, confirma o Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte. De acordo com a instituição, tratam-se de "ameaças veladas, eventualmente de morte". Todos os magistrados são da ativa.
O reforço na segurança dos juízes é feito pelo próprio tribunal, após pedido feito pelo profissional meio de ofício, telefone ou mesmo pessoalmente. Questionado, porém, quanto é investido no aparato extra de segurança, o judiciário estadual informou apenas que os custos são variáveis e "referem-se à locação de veículos, pagamento de diárias operacionais e combustível".
O Tribunal do Trabalho e a Justiça Federal do Estado negam ter juízes nessas circunstâncias.
Um estudo do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) divulgado em maio identificou 110 magistrados sob ameaça no país, ao longo do ano passado. Em 97% dos casos, ainda conforme o CNJ, o desempenho profissional dos juízes tem relação com ameaça.
Como a Justiça brasileira tem cerca 18 mil membros, uma média de seis juízes, em cada mil, receberam algum tipo de ameaça em 2017. Ainda de acordo com a pesquisa, a pessoa responsável pela potencial agressão é conhecida do magistrado em 65% das situações.
Para fazer o levantamento, um questionário foi aplicado pelo CNJ entre setembro e novembro do ano passado nos tribunais do país. O objetivo era mapear a estrutura da segurança institucional do Poder Judiciário.
Para entrarem na categoria de ameaçados, 110 magistrados relataram ao CNJ casos de intimidação, que provocaram a Justiça a tomar providências de segurança.
G1RN
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