A operação da Polícia Federal deflagrada ontem (10), de combate ao tráfico de drogas por meio de navios, resultou na prisão de ao menos 12 pessoas, sendo nove no Rio de Janeiro, uma em João Pessoa, uma na Paraíba, e o suspeito de chefiar a quadrilha, em Natal. Também foram apreendidos 78 quilos de cloridrato de cocaína e US$ 32 mil.
O delegado André Santana, responsável pela investigação, informou que os presos são estivadores ou funcionários da MultiRio Operações Portuárias, concessionária responsável pela operação do terminal II do Porto do Rio de Janeiro. Eles atuavam escondendo drogas dentro de contêineres com carga lícita. Os destinatários e remetentes não tinham ciência do crime.
“A quadrilha vinha em pequenas embarcações, navegava pela Baía de Guanabara, se colocava a bordo dos navios e fazia o içamento [dos entorpecentes]. Com as drogas dentro do navio, já tinham previamente o plano de cargas e o contêiner escolhido. Então, faziam a contaminação [dos contêineres com produtos ilegais]”, explicou o delegado.
As investigações da Operação Aegir já duram um ano e apreendeu quase 2 toneladas de cocaína cujo destino era Europa, segundo a Polícia Federal.
A operação iniciada hoje ainda está em andamento e tem o objetivo de cumprir 18 mandados de prisão temporária e 22 de busca e apreensão nos estados do Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte e da Paraíba. Cerca de 200 policiais federais participam da ação.
A Polícia Federal, com apoio da Capitania Dos Portos/Rj, da Aeronáutica e da Receita Federal do Brasil, deflagrou nesta quarta-feira (10/10) Operação Aegir, com o objetivo de combater o tráfico internacional de drogas, com foco no modal marítimo, perpetrado por organização criminosa responsável pela contaminação de contêineres a bordo de navios de carga, a fim de enviar cocaína para a Europa.
Aproximadamente 200 policiais federais deram cumprimento a 18 mandados de prisão temporária e 22 mandados de busca e apreensão, nos estados do Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte e Paraíba.
O método que o grupo utilizava era o chamado “Rip-load (rip on) / Rip-off” “içamento” ou “pescaria” que consiste, basicamente, em levar a carga de drogas para dentro de navios ancorados nos portos, valendo-se de uma pequena embarcação que se aproxima do seu bordo externo (voltado para o mar e, por isso, abrigado da visão dos funcionários em terra), permitindo que os estivadores que estão no convés do navio transbordem a droga com o auxílio de cordas e contaminem os contêineres que haviam sido previamente escolhidos de acordo com o destino da remessa de cocaína.
O nome AEGIR remete à mitologia nórdica, sendo o deus dos mares e oceanos. Ele era ao mesmo tempo cultuado e temido pelos marinheiros, pois estes acreditavam que AEGIR aparecia na superfície para tomar homens e cargas e levá-los para seu salão no fundo do oceano.
Com informações da Agência Brasil e Polícia Federal
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