A cotação do dólar fechou em queda no primeiro dia do governo de Jair Bolsonaro. A moeda estadunidense ficou em R$ 3,8087, uma variação negativa de 1,69%. Já o primeiro pregão de 2019 foi marcado pela euforia na bolsa doméstica, que operou nesta quarta-feira (2) descolada do exterior com as perspectivas positivas para a economia no novo governo e renovou a máxima histórica de fechamento, acima dos inéditos 91 mil pontos.
O principal condutor do otimismo no mercado acionário doméstico foi o fechamento de apoio da bancada do PSL, partido de Bolsonaro, à reeleição de Rodrigo Maia (DEM-RJ) para o comando da Câmara dos Deputados. A avaliação é de que a eventual reeleição de Maia pode facilitar a aprovação da reformas do novo governo.
“Surpreendeu, logo após a posse de Bolsonaro, o anúncio do apoio do PSL à reeleição de Rodrigo Maia à Presidência da Câmara”, disse Rafael Bevilacqua, estrategista da Levante Ideias de Investimento. “Um dos medos do mercado era de que o governo não conseguiria negociar com a base, mas ele demonstrou habilidade política”, acrescentou.
Bevilacqua avaliou que o discurso do ministro da Economia, Paulo Guedes, durante a cerimônia de transmissão de cargo também foi positivo, com destaque para a descentralização de gastos públicos. Guedes afirmou que é preciso fazer a descentralização de recursos para Estados e municípios, de forma que Brasil reassuma característica de República Federativa. O ministro destacou ainda que a reforma da Previdência é a principal prioridade do governo e também defendeu a agenda de privatizações. “Vamos abrir a economia, reduzir impostos, privatizar”, afirmou.
As ações dos principais bancos tiveram altas expressivas, acima de 4%, enquanto as da Petrobras avançaram até 6%. O destaque foram as ações da Eletrobras, com altas de 20,72% (ON) e 14,52% (PNB), após Wilson Ferreira Junior confirmar o convite para permanecer na presidência da estatal.
OP9
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