No presídio potiguar, localizado na região Oeste do Rio Grande do Norte, encontra-se presa a única pessoa que segundo informações da polícia tem mais poder que Marcelo Piloto dentro do CV: Luiz Fernando da Costa, 51 anos, o “Fernandinho Beira-Mar”.
A decisão que autoriza a transferência foi dada pelo juiz Rafael Estrela. O entendimento dele é que se o traficante retornar para o Rio de Janeiro isso pode impactar na sensação de insegurança que já existe naquele estado.
“A permanência do apenado fora dos limites do estado do Rio de Janeiro é um importante obstáculo ao fluxo de comunicações entre tais líderes e seus comandados, no que tange a transmissão de ordens ilícitas, o que viabiliza a continuidade da austera política de segurança pública implementada pelas autoridades fluminenses”, disse, na decisão.
Na mesma decisão, independente de transferência ou não, o juiz determinou a permanência de Marcelo Piloto em presídio federal definitivamente. Em novembro passado, a prisão em instalação desse tipo tinha sido determinada de forma provisória.
No Paraguai, ganhou notoriedade após um plano de fuga que envolveu a explosão de um carro bomba para libertá-lo. O episódio, em outubro de 2018, resultou na morte de três supostos integrantes do CV. Em novembro, pouco antes de ser expulso, ele concedeu uma entrevista coletiva dentro do prédio onde funciona o grupamento especializado da Polícia Nacional, que seria um quartel para onde eram levados presos que requerem algum cuidado especial.
Por fim, em 17 de novembro, ele usou uma faca de sobremesa para matar, com pelo menos 16 facadas, Lidia Meza Burgos, de 18 anos, que foi visitá-lo. Após isso, o presidente do Paraguai, Mario Abdo Benítez, anunciou sua expulsão. O assassinato teria sido uma ação desesperada para evitar a extradição para o Brasil. Marcelo Piloto é condenado pela Justiça do Rio de Janeiro a uma pena de 26 anos de prisão. No Paraguai, o narcotraficante estava preso por homicídio e falsificação de documentos.
OP9
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