Nesta quinta-feira (7), 14 dias depois, o caso de Maria da Conceição Cardoso voltou a levar a polícia a Ponta Negra. Mas dessa vez quem estava à frente do caso eram os agentes da Divisão Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). A mulher, de acordo com a investigação, teria sido mais uma vítima de feminicídio no Rio Grande do Norte.
Os policiais foram ao bairro cumprir mandado de prisão contra Elias José de Almeida, 50 anos, ex-marido da vítima. A polícia descobriu inicialmente que no dia 22, o casal teve uma briga. E que, após isso, Elias deixou a residência de Conceição sem dizer nada. Após o corpo dela ter sido encontrado, o Instituto Técnico-Científico de Perícia (Itep-RN) fez exames para confirmar a causa da morte.
Os peritos descobriram que ao invés de infarto ou qualquer outra causa do tipo, a mulher foi asfixiada e teve o osso do pescoço quebrado. Uma das filhas da vítima, sem se identificar, contou que após a discussão com a mãe dela, o suspeito fechou a casa como se nada tivesse acontecido. E teria comentado, inclusive, que a vítima cometera suicídio. Ele foi enquadrado pelo crime de feminicídio.
Até esta quinta-feira (7), no Rio Grande do Norte, seis assassinatos do tipo foram registrados oficialmente. Isso representa 100% de crescimento com relação a 2018, quando até o dia 7 de fevereiro o RN registrava três feminicídios. Em 2018, no total, 35 mulheres foram vítimas desse “crime de ódio baseado no gênero”. Ao todo, de 2011 a 2018, 185 mulheres foram vítimas de feminicídio.
OP9
Nenhum comentário:
Postar um comentário