O novo exemplar da revista de crimeanálise do OBVIO Observatório da Violência do Rio Grande do Norte, Instituto Marcos Dionisio, traz o mapeamento da violência homicida contra mulheres no perÃodo entre 2011 e 2018, um material produzido a partir da demanda de diversos atores e atrizes desejosos de conhecer para contribuir da melhor forma para estancar essa violência ainda tão em voga em nossa sociedade.
Mortes Matadas de Mulheres
Uma questão de respeito…
Nos últimos meses temos presenciado um aumento da violência contra a mulher, ou pelo menos, a sensação de insegurança das mulheres vem sendo demonstrada pela mÃdia de forma mais preocupada e atenta, afinal, em pleno século XXI ainda ouvirmos as afirmações “matou por que não se conformou com o fim do relacionamento” ou “matei para lavar minha honra” além de outras desculpas, é quase um contrassenso na evolução social brasileira.
Então… será que evoluÃmos mesmo? Fica difÃcil acreditar que sim se vivemos num paÃs onde a cultura patriarcal é pregada, onde o homem se enxerga como mais poderoso e proprietário das mulheres, onde pais estupram filhas por anos, onde se separa homens e mulheres por cores de roupa, onde gerar mulheres é dito como fraqueza.
O problema da violência contra a mulher precisa ser levado a sério, até por uma questão de respeito, há muito o que se preocupar além de pequenices como a regulamentação do ensino domiciliar, como campanhas com entregas de flores e bajulações à s mulheres que parecem estar na cota de respeito das autoridades apenas quando chega próximo à s comemorações mundiais delas. A ferida aberta, escancarada e escarafunchada por muitos é o discurso machista e misógino, impregnado de falácias e distorções da realidade que agradam apenas aqueles e aquelas que vivem num mundo idÃlico que se contrapõe à dura realidade das brasileiras.
Nessa edição OBVIUM Especial 11: Morte Matadas de Mulheres, trazemos um estudo que contempla dados e informações de 8 anos de mapeamento 2011 a 2018, ampliamos o mapeamento das CVLIs (Condutas Violentas Letais Intencionais) no recorte especÃfico de gênero para apresentar uma maior profundidade ao entendimento desse segmento de violência.
Sigamos então com mais essa publicação, mais que um relatório estatÃstico, um contributo para a construção de argumentos sóbrios e ampliação de um diálogo consciente do problema, afinal, a boa ciência é aquela que pretende gerar efeitos concretos na realidade, visando a evolução da sociedade como todo.
Faça o download da revista em http://bit.ly/2UxxJkw e boa leitura!
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