A Petrobras informa que decidiu aumentar o preço do diesel em R$ 0,10/litro, o que implica uma variação mínima de 4,518% e máxima de 5,147%, nos seus 35 pontos de venda no Brasil. Este aumento passa a vigorar a partir de quinta-feira, dia 18.
Em comunicado enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a empresa explica que o preço estabelecido pela Petrobras representa, em média, 54% do preço do diesel nos postos de serviço. Segundo a estatal, o preço médio do diesel ao consumidor no Brasil é 13% menor do que a média global, havendo 105 países com preços superiores, segundo a globalfuelprices.com
A Petrobras informa ainda que o reajuste levou em consideração os mecanismos de proteção, através dos derivativos financeiros, e as variações de demais parcelas que compõem o Preço Paridade Internacional (PPI) com destaque para redução recente do frete marítimo.
“A Petrobras reafirma a rigorosa observância do alinhamento de seus preços com a paridade internacional”, diz a empresa.
Leia mais
Governo não vai manipular preço do diesel, diz Guedes
Independência
O presidente da Petrobras, Roberto Castello Branco, afirmou que nada impede que a estatal decida mudar a periodicidade do reajuste da companhia. Segundo ele, a companhia pode optar por aplicar o aumento “quando achar importante”.
Questionado sobre o reajuste no diesel impactar a decisão dos caminhoneiros de fazer nova paralisação, Castello Branco afirmou que justamente essa preocupação o fez adiar o ajuste na semana passada. “Todos nós sofremos com a greve dos caminhoneiros (2018), foi com base nisso que sustei o ajuste”, disse. Ele ressaltou também que só vê greves desse tipo em países como Brasil e França, onde o refino é estatal. “Já reclamei da solidão no refino, sou contra o monopólio”, disse.
Ele afirmou que irá apresentar a proposta de venda de refinarias à diretoria-executiva e depois ao conselho. A reunião do conselho de abril ainda não ocorreu. “A venda das refinarias vai mostrar que a companhia não vai ter interferência externa”, disse, após ruído sobre interferência do presidente Jair Bolsonaro na política de preços, na semana passada, ter causado uma grande queda nos papéis da empresa. E emendou que quem decide o tamanho do aumento é a diretoria de refino junto com o financeiro da empresa. “A palavra final é minha quando tem divergência”, completou.
Castello Branco deixou claro ainda que o presidente Jair Bolsonaro não teve ciência prévia do novo reajuste. “O presidente soube agora do aumento. Não soube antes”, disse ao lembrar que, na semana passada, o chefe de Estado “não pediu nada, apenas alertou os riscos”.
Agencia Brasil
Nenhum comentário:
Postar um comentário