Bebê morta pelo pai por ser menina pode ser enterrada como indigente - O IRREVERENTE

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domingo, 19 de maio de 2019

Bebê morta pelo pai por ser menina pode ser enterrada como indigente



Após ter sido agredida até a morte, a bebê Débora Maria Sales da Silva pode ser enterrada como indigente em São Lourenço da Mata. Dois dias depois do seu falecimento, o corpo de Débora ainda permanece no Instituto de Medicina Legal à espera de algum parente. A criança teria sido espancada pelo próprio pai, Augusto Silva da Cruz. Augusto não aceitava o fato dela ser menina.

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Débora deu entrada no Hospital Petronila Campos, no Parque Capibaribe, em São Lourenço, desacordada e com múltiplos hematomas na manhã da sexta-feira (17), dois dias depois de ser espancada na casa da família, no Sítio Cajá. A equipe médica ainda conseguiu reanimar a criança, que foi transferida para o Hospital da Restauração (HR), no Recife. No entanto, o bebê não resistiu aos ferimentos e morreu a caminho do HR. Augusto foi preso horas depois e conduzido à delegacia do município.

De acordo com a Polícia Civil, a mãe da criança, Silvânia Maria Viana, informou que as agressões eram recorrentes há pelo menos três meses. A conselheira tutelar Elisama Fernandes, responsável pelo caso, informou que a menina chegou ao Petronila com hematomas por todo corpo, inclusive na face, desacordada nos braços de uma vizinha, acompanhada pela mãe. “Ela foi direto para a sala de reanimação. Os médicos passaram 30 minutos tentando reanimá-la”, relatou a conselheira.

Em sua primeira versão na conversa com a conselheira, a mãe teria relatado que deu um suco à criança que estava no berço, saiu para estender roupas e ao retornar a criança havia caído e estava desacordada. “Os médicos, no entanto, já haviam informado que os hematomas eram sinais de maus-tratos, não podiam ser de uma queda”, explicou Elisama.

Posteriormente, a mãe da criança relatou então que o pai não aceitava o gênero do bebê. O último episódio de violência teria ocorrido na quarta (15) e só na sexta (17) Débora foi socorrida, após o pai permitir.A residência da família, segundo moradores da região, foi destruída por vizinhos que ficaram revoltados com a história. Um inquérito foi instaurado para apurar o caso, e averiguar se houve omissão de socorro por parte da mãe.]

Por OP9  

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