A Delegacia de Polícia da Criança e do Adolescente (DPCA) detalhou a prisão de dois homens acusados de abusos sexuais contra menores cometidos no Recife. Um dos suspeitos se apresentava como professor de artes marciais e oferecia aulas gratuitas para atrair as vítimas. O outro, de acordo com a polícia, era padrasto da menina que sofreu os estupros, praticados por três anos.
Segundo a delegada responsável pelos casos, Maria Eduarda Pessoa de Melo, no primeiro caso, o suspeito, identificado como Amilton da Silva ramos, de 48 anos, abordava adolescentes, geralmente meninos, e oferecia aulas de muay thai gratuitas. “Dois deles foram abusados na residência do acusado, e outro no local do suposto treinamento. Ele levou duas das vítimas para casa sob a desculpa de que iriam pegar materiais para o treinamento”, explica a delegada. Dois dos garotos também sofreram ameaças com arma de fogo.
A polícia suspeita que Amilton pode ter feito outras vítimas e, por isso, está divulgando a foto dele para estimular possíveis novas denúncias. Todos os três abusos atribuídos a ele registrados na polícia ocorreram no bairro da Madalena, Zona Norte do Recife. O suspeito foi preso preventivamente por ordem da Justiça e vai responder pelos crimes de estupro qualificado, importunação sexual e ameaça.
Já o segundo suspeito, também preso por determinação do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE), estuprava a vítima, atualmente com 14 anos, desde que ela tinha 11. De acordo com a investigações, o acusado mantinha um relacionamento extraconjugal com a mãe da menina, que seria conivente com os abusos, desde que a garota tinha três anos. “Chama a atenção não só frieza com a qual ele praticava os abusos, inclusive com conjunção carnal, na companhia da mãe da vítima e com as duas ao mesmo tempo” detalha a delegada. Segundo ela, o homem afirmou ter conhecimento de que a prática se configurava crime, mas alega que, como havia a permissão da mãe, achava que podia ter relações com ela”.
A mulher, que esteve na delegacia em companhia da vítima para registrar a queixa, nega e afirma que também era estuprada. Já o acusado rebate que ela procurou a polícia porque ele não quis deixar a esposa e pôs fim ao caso. A mãe da adolescente foi indiciada pela negligência em denunciar os abusos, que aconteciam quase diariamente. “A menina passou três anos sendo estuprada e só depois de tanto tempo a mãe procurou a polícia. Entendemos que, como a ela tinha o dever legal de proteger essa menor, ela deveria ter nos procurado antes e por isso indiciamos essa mulher também, na forma omissiva imprópria”, explica Maria Eduarda..
OP9
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