Para a titular da Delegacia de Atendimento à Mulher de Parnamirim, Luana Faraj, os números não refletem a realidade e podem ser ainda maiores. “Eu acredito que existe uma subnotificação dessas situações, principalmente em decorrência das vÃtimas se sentirem constrangidas em relatarem os crimes que elas sofreram”, destacou a delegada.
De acordo com o Código Penal, é considerado crime de estupro “constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, a ter conjunção carnal ou a praticar ou permitir que com ele se pratique outro ato libidinoso” (CP, art. 213). O comportamento das vÃtimas não influencia o cometimento do crime de estupro pelo agressor.
Segundo a delegada, alguns cuidados podem ser tomados para evitar o aumento da vulnerabilidade. Luana Faraj orienta que as mulheres se protejam das situações vulneráveis, como andar sozinha durante a madrugada e não ingerir bebida alcoólica no nÃvel de perder a consciência. “Também é importante procurar as delegacias de atendimento à mulher o quanto antes. A palavra da vÃtima é fundamental na elucidação do crime”, ressaltou a delegada.
OP9
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