Catamarã que virou e matou duas cearenses em AL era clandestino

O catamarã que virou na manhã deste sábado (27) e deixou duas pessoas mortas em Maragogi, Litoral Norte de Alagoas, não tinha autorização para operar e funcionava de maneira clandestina. A informação é da Secretaria Municipal de Meio Ambiente e da Associação dos Proprietários de Catamarãs da cidade turística. A embarcação bateu em uma pedra e virou no mar, matando duas idosas de 65 e 67 anos, do estado do Ceará.

A secretaria de Meio Ambiente afirmou que o local onde a embarcação virou também não era autorizado para visitação. Além disso, de acordo com o órgão, o proprietário do catamarã já havia sido autuado pela pasta “em virtude dos passeios clandestinos” que realizou por diversas vezes, mesmo após ter sido alertado da proibição, “ignorando até mesmo o Ministério Público”, afirmou o órgão em nota.

“Ao tempo em que externamos as nossas sinceras condolências às famílias vítimas desta lamentável tragédia, continuaremos na persecução em buscar os responsáveis pelo lamentável ocorrido e responsabilizá-los administrativamente na forma da lei, sem prejuízo das ações criminais que deverão enfrentar na esfera judicial”, afirmou em nota a secretaria de Meio Ambiente.

A Associação dos Proprietários de Catamarãs de Maragogi também emitiu uma nota confirmando a versão da secretária de Meio Ambiente. “Infelizmente, a embarcação naufragada não possui autorização para o transporte de passageiros com destino às piscinas naturais, operando de forma clandestina”, disse a entidade.

“Ademais, é de grande importância esclarecermos que o transporte aquaviário de passageiros realizado pelos membros da Associação seguem rigorosamente todas as regras de segurança e ambientais determinadas pela capitania dos portos em Alagoas, ICMBio e demais órgãos de controle”, ressalta em nota, afirmando que está prestando apoio logístico e humano no socorro e atendimento às vítimas sobreviventes.

Além de funcionar sem autorização, o catamarã embarcou nas águas de Maragogi em período de ressaca das ondas. A Marinha havia emitido uma alerta e recomendou que, até a manhã deste sábado (27), não houvesse a presença de barcos de pequeno e e médio porte em todo o litoral alagoano.

No momento do acidente, o Corpo de Bombeiros informou que havia 60 pessoas na embarcação, sendo 48 adultos, quatro crianças, dois palestrantes e seis tripulantes. As duas pessoas que morreram eram idosas com idades de 65 e 67 anos. A princípio, desconfiava-se que havia desaparecidos, mas as buscas, que contaram com lanchas e aeronaves, já foram encerradas.

Foto: Corpo de Bombeiros e Grupamento aéreoPor: Mariane Rodrigues