A Polícia Civil do estado de São Paulo informou que identificou todos os líderes do roubo de 718 quilos de ouro no aeroporto de Guarulhos, no dia 25 de julho. Falta saber onde está a carga roubada. Os investigadores do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic) acreditam que parte dela já possa ter sido enviada ao exterior. Além dos 718 quilos de ouro, os ladrões também pegaram 15 quilos de esmeraldas, relógios e correntes da marca Louis Vitton e outros 51 quilos de ouro de outra transportadora.
De acordo com o delegado Pedro Ivo, da 5ª Delegacia de assalto a bancos, o mandante intelectual do crime foi Francisco Teotonio da Silva Pascoalin, que atua em roubo de carros-forte desde a década de 80. Peterson Patrício, funcionário do aeroporto, é tido como braço-direito na articulação do assalto, pelo conhecimento da operação. Segundo a polícia, outro comparsa, Joselito de Souza, teria coordenado a parte operacional, como a clonagem dos carros da PF.
De acordo com Ivo, Peterson Patrício convenceu seu colega, Peterson Brasil, que tinha histórico na polícia, a participar do delito. No fim, a polícia identificou que a irmã de Peterson Brasil tinha um caso com Francisco. Marcelo Ferraz era o chefe de operação. Ele é o executor e já atuou em outros assaltos e no tráfico de drogas, segundo os agentes.
O delegado contou que a quadrilha tentou fazer o assalto anteriormente. Houve um planejamento em março, que acabou cancelado.
O Deic encerra agora a primeira fase da investigação. De acordo com o delegado, 14 pessoas devem estar envolvidas com o roubo. Francisco e Joselito seguem foragidos.
- Não temos evidência de que eles participaram do roubo de Campinas (no aeroporto de Viracopos, no ano passado). Mas eles já participaram de outros roubos, como o do Prosegur no Paraguai (o mega-assalto que ocorreu em 2017, na sede do Prosegur, em Ciudad del Este) - afirmou.
A polícia relaciona o crime ao caso do chinês preso na segunda-feira, na região da avenida Paulista, com dez barras de ouro. Seria parte de um "esquema formiguinha", para levar o ouro ao exterior. No Brasil, um grama de ouro custa o equivalente a R$ 180. Na China, o mesmo peso ultrapassa os R$ 300. Apesar de não confirmar ligação entre os dois crimes, os investigadores mantêm a suposição em aberto.
Por EXTRA
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