A trajetória de Carmem, após cerca de dez anos vivendo nas ruas do Rio, ganhou um novo capítulo nea quinta-feira. A travesti aceitou ir para um abrigo municipal. Na última quarta-feira, o EXTRA mostrou o quarto improvisado que Carmem, de 37 anos, montou há cerca de um mês num ponto de ônibus em Cascadura, na Zona Norte do Rio. No mesmo dia, a prefeitura desmontou o acampamento durante uma ação conjunta da Secretaria municipal de Ordem Pública (Seop), da Guarda Municipal e da Comlurb na Praça Nossa Senhora do Amparo.
Mesmo após perder o quartinho no ponto final da linha 712 (Cascadura-Irajá), Carmem resistia à ideia de ser acolhida num abrigo municipal.
— Abrigos de prefeitura, em qualquer lugar, são malcuidados. Não é todo mundo que sabe lidar com homossexuais, então, eu prefiro ficar na rua. Lá (no abrigo), é briga toda hora. De repente você está dormindo, e alguém pode tentar abusar de você — disse ela no dia em que seu quarto improvisado foi desfeito pela prefeitura.
Horas depois de recusar o acolhimento, porém, Carmem procurou o Centro de Referência Especializado em Assistência Social (Creas) Márcia Lopes, em Madureira, Zona Norte, onde era assistida desde 2016, e atualizou seu cadastro no Bolsa Família. Foi o primeiro passo para que a equipe da Secretaria Municipal de Assistência Social e Direitos Humanos tentasse convencê-la a deixar a rua.
Nesta quarta-feira, ela se despediu da amiga que a ajudava enquanto vivia nas ruas e seguiu para o abrigo. Além do acolhimento, Carmem também recebeu encaminhamento para a rede de saúde — ela é portadora do vírus HIV — e foi cadastrada no programa Acessuas, que prepara usuários dos programas de assistência social para o mercado de trabalho. A Coordenadoria de Diversidade Sexual também convidou a travesti para o projeto Trans+Respeito, de capacitação profissional.
O caminho percorrido por Carmem até a decisão de ser acolhida começou no Pará, onde nasceu. No Rio, cursou até o ensino médio, mas não terminou os estudos. Deixou sua casa após desavenças com o pai, capitão do Exército, que não aceitava seu estilo de vida.
O quarto foi montado com móveis jogados fora. Limpo e organizado, era decorado com cama, tapete, colcha, poltrona, travesseiro, flores, cômoda, lixeira e quadro na parede. Não se sabe como será arrumado o cantinho de Carmem no abrigo, mas pelo sorriso na despedida, ela parece estar decidida a colocar um ponto final na vida nas ruas.
Mesmo após perder o quartinho no ponto final da linha 712 (Cascadura-Irajá), Carmem resistia à ideia de ser acolhida num abrigo municipal.
— Abrigos de prefeitura, em qualquer lugar, são malcuidados. Não é todo mundo que sabe lidar com homossexuais, então, eu prefiro ficar na rua. Lá (no abrigo), é briga toda hora. De repente você está dormindo, e alguém pode tentar abusar de você — disse ela no dia em que seu quarto improvisado foi desfeito pela prefeitura.
Horas depois de recusar o acolhimento, porém, Carmem procurou o Centro de Referência Especializado em Assistência Social (Creas) Márcia Lopes, em Madureira, Zona Norte, onde era assistida desde 2016, e atualizou seu cadastro no Bolsa Família. Foi o primeiro passo para que a equipe da Secretaria Municipal de Assistência Social e Direitos Humanos tentasse convencê-la a deixar a rua.
Nesta quarta-feira, ela se despediu da amiga que a ajudava enquanto vivia nas ruas e seguiu para o abrigo. Além do acolhimento, Carmem também recebeu encaminhamento para a rede de saúde — ela é portadora do vírus HIV — e foi cadastrada no programa Acessuas, que prepara usuários dos programas de assistência social para o mercado de trabalho. A Coordenadoria de Diversidade Sexual também convidou a travesti para o projeto Trans+Respeito, de capacitação profissional.
O caminho percorrido por Carmem até a decisão de ser acolhida começou no Pará, onde nasceu. No Rio, cursou até o ensino médio, mas não terminou os estudos. Deixou sua casa após desavenças com o pai, capitão do Exército, que não aceitava seu estilo de vida.
O quarto foi montado com móveis jogados fora. Limpo e organizado, era decorado com cama, tapete, colcha, poltrona, travesseiro, flores, cômoda, lixeira e quadro na parede. Não se sabe como será arrumado o cantinho de Carmem no abrigo, mas pelo sorriso na despedida, ela parece estar decidida a colocar um ponto final na vida nas ruas.
Por EXTRA
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