Universitários de qualquer área do conhecimento e idade podem se inscrever até o dia 6 de janeiro para participar do Módulo Ignição, do Programa Petrobras Conexões para Inovação, promovido em parceria pela empresa com o ECOA PUC-Rio, iniciativa multidisciplinar e gratuita da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio). O objetivo é fomentar a experimentação, desafiando universitários a criarem soluções criativas para a transformação digital do setor de óleo e gás. Clique aqui para acessar o formulário.
As inscrições foram abertas durante a edição brasileira da Offshore Technology Conference (OTC), que ocorreu no Rio de Janeiro. O projeto prevê a divulgação, no dia 24 de janeiro, dos 21 estudantes selecionados que passarão por uma mentoria da PUC-Rio, baseada em desafios e seguida de um período para desenvolvimento de inovações.
O professor do Departamento de Informática do CTC/PUC-Rio e integrante do ECOA PUC-Rio, Gustavo Robichez, salientou que o projeto inclui estudantes de todas as universidades públicas e privadas, que estejam regularmente matriculados em cursos de graduação, com término previsto após janeiro de 2021, para que haja o vínculo institucional. “A diversidade de instituições é muito importante. O que a gente está em busca são os melhores talentos que possam, a partir dos desafios que a Petrobras venha a propor, experimentar soluções usando tecnologia”, afirma.
Robichez diz que o foco é provocar esses talentos, em um processo de cocriação. A partir dos desafios da empresa e de mentores da universidade, os estudantes vão ter uma jornada de experimentação instigada por essas provocações que a indústria de óleo e gás tem. A ideia é que no ciclo de alguns meses, eles já apresentem protótipos, que são provas de conceitos de soluções que vão ser avaliadas pelo time da Petrobras especializado. “Os técnicos da Petrobras vão acompanhar as soluções propostas pelos estudantes ao longo de toda a jornada”.
Tutoria
O conhecimento da indústria virá da Petrobras. A PUC tem a metodologia da condução desses experimentos e, principalmente, um processo de orientação e de tutoria ao longo dessa jornada. “É uma oportunidade quase única, transformadora na vida das pessoas”, definiu o professor. Avaliou que a participação no programa da Petrobras pode representar uma possibilidade de contratação futura no mercado formal de trabalho e, também, a abertura de empreendimentos pelo próprio estudante. “A própria Petrobras tem programas para orientar e incluir startups dentro da cadeia de óleo e gás”.
Os 21 universitários receberão uma bolsa-auxílio mensal por seis meses, que poderá ser renovada ao fim desse período. Gustavo Robichez disse que o Módulo Ignição poderá se estender. A ideia é que haja um processo de seleção semestral, com abertura de nova chamada no próximo ano, para dar oportunidade a mais pessoas participarem dessas jornadas. “A gente pede uma dedicação de 20 horas semanais para eles (estudantes) poderem se dedicar a essas experimentações digitais”. A PUC-Rio já vem desenvolvendo experiência semelhante nas áreas de tecnologia, seguros e indústria do entretenimento. “A gente pede que eles se organizem para que tenham tempo e possam se dedicar à iniciativa”. No final do semestre, serão divulgadas as soluções apresentadas.
A Petrobras fará a divulgação dos resultados para poder retroalimentar o ciclo. “É como se a gente tivesse um processo de construção e criação conjunta. Depois dos primeiros seis meses, a gente vai definir novos desafios que serão trazidos, muito em função do que os participantes conseguiram gerar, e sempre ficar provocando esses jovens talentos a contribuírem e conhecerem mais os domínios de óleo e gás porque, muitas vezes, eles ficam meio perdidos entre a teoria e a prática. É uma chance deles colocarem, dentro de um cenário controlado, a prática para acontecer, para fazer diferença”, diz Robichez.
Perfis
Robichez esclareceu que a ideia é juntar visões complementares e diferentes. Daí a busca por perfis profissionais diversos, misturando aqueles que têm vocação para criatividade, entre os quais design industrial e comunicação, com um perfil mais técnico encontrado nas ciências exatas, envolvendo pessoas com interesse em desenvolver um background (experiência) na área tecnológica. O terceiro perfil engloba talentos que queiram também dar sua contribuição para o projeto, entre os quais estudantes de psicologia e até de biblioteconomia, informou o professor da PUC-Rio. “Então, é para todo mundo mesmo. A gente quer trazer pessoas que possam fazer diferença. E isso, às vezes, independe do processo dela de formação tradicional”, concluiu Gustavo Robichez.
As atividades serão desenvolvidas a partir do dia 3 de fevereiro, na PUC-Rio, localizada na Gávea, zona sul da cidade, de segunda a sexta-feira, das 14h às 18h, a partir de fevereiro de 2020. Estão previstas visitas às instalações da Petrobras no Rio de Janeiro, ao longo do ano. O programa adota o Challenge Based Learning (CBL), metodologia multidisciplinar que instiga os alunos a desenvolverem soluções para as mais diversas situações, de forma criativa e inovadora.
Por Agencia Brasil
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