A pedido da família, amigos e parentes acompanharam o velório dos irmãos Guilherme e Juan com a camisa do Vasco, time dos dois. A mãe dos dois, Ana Paula Moreira da Silva Souza, em lágrimas, comentou a paixão dos filhos pelo time.
— Os ingressos do jogo de ontem estão dentro dos caixões — contou ela. — Eles viviam pelo Vasco, iam a todos os jogos — contou. Ana Paula se despediu dos filhos:
Colegas do Exército de Guilherme também se despediram do jovem no cemitério Jardim da Saudade, em Sulacap. No cortejo, amigos e parentes cantaram o hino do Vasco. Ana Paula contou que, enquanto Guilherme estava no Exército, Juan tinha servido à Aeronáutica, para onde pretendia retornar.
Madrasta diz que Alex não avisou que ia sair com o carro do pai
Madrasta de Alex Moraes, Rosana Brandão contou que o jovem não avisou à família que ia para uma festa na Barra.
— Ele estudava, trabalhava, pouco bebia. Não era de beber, e não sabíamos que tinha ido para essa festa. O carro era do pai e estava no conserto — disse Rosana, afirmando que o rapaz pegou o carro sem avisar ao pai.
Alex tinha saído para comemorar a conclusão do primeiro período da faculdade de Direito. Ele também tinha acabado de conseguir um emprego numa empresa de cosméticos. No enterro, suas quatro irmãs estavam inconsoláveis.
— Ele me levava para sair, para lanchar, para ir ao shopping. Estava sempre disposto a fazer tudo pela família e era fã do Neymar — disse a irmã Isabelle Brandão, de 14 anos.
O sonho de Alex, apaixonado pelo Vasco, era ser jogador de futebol. Todos os jovens eram amigos do bairro de Quintino, embora Ítalo morasse hoje com a mãe e a avó na Praça Seca.
'Thaíssa mudou a vida do meu filho', conta mãe de Ítalo
Mãe de Ítalo, Cristiane Ribeiro disse que Thaíssa tinha mudado a vida do filho e que o casal, há cerca de dois anos juntos, era muito apaixonado. Por causa da namorada, Ítalo começou este ano a faculdade de educação física.
— Ele era muito estudioso, estava fazendo faculdade e trabalhando. Queria fazer prova para o Exército ou Aeronáutica. Thaíssa já estava na pós, ela mudou a vida do meu filho — disse Cristiane, que só tinha Ítalo de filho e que perdeu o marido, André, há nove anos também num acidente.
— Ítalo era o chefe da casa, ele queria me dar esse orgulho de vê-lo fazendo faculdade. Ele queria muito retribuir tudo o que fiz por ele.
Ítalo, que era torcedor do Flamengo, trabalhava numa empresa desentupidora da família. Tia dele, Tânia Puga ainda tentava entender a tragédia que matou cinco amigos.
— Eram todos jovens, bonitos, educados, de família e com muitos sonhos pela frente. Não sei por que entraram nessa.
Por EXTRA
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