Taxa de ocupação de leitos críticos para Covid-19 chega a quase 90% na Grande Natal - O IRREVERENTE

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segunda-feira, 15 de fevereiro de 2021

Taxa de ocupação de leitos críticos para Covid-19 chega a quase 90% na Grande Natal


A taxa de ocupação para leitos críticos para pacientes com Covid-19 chegou a atingir 88,9% na manhã desta segunda-feira (15) na região metropolitana de Natal. Pelo menos dez unidades de saúde do Rio Grande do Norte estavam com 100% dos seus leitos preenchidos.

Os dados são do Regula RN - o sistema usado pelo estado para administrar e monitorar os leitos públicos para atendimento à doença no estado. A taxa média de ocupação do estado era de 78,2%.

No domingo (14), a taxa atingiu 89,6% de ocupação - com 112, dos 125 leitos operacionais com pacientes. A região metropolitana não chegava a esse patamar desde julho de 2019 - no auge da primeira onda da doença no estado.

No período, no entanto, o estado tinha mais leitos - no dia 15 de julho, eram 186 leitos, dos quais 171 estavam ocupados.

Entre os hospitais da região metropolitana de Natal, o Hospital João Machado estava com 28 leitos críticos - sejam de UTI ou semi-intensivos ocupados - e um bloqueado. Já o Hospital de Campanha de Natal estava com todos seus 20 leitos ocupados. No Giselda Trigueiro, todos os 26 leitos também seguiam ocupados.

Mesmo com proibição de festas de carnaval por causa da Covid-19, aglomerações são registradas no fim de semana

Ao todo, durante a manhã desta segunda (15), o estado contava com 187 leitos ocupados, 12 bloqueados e 52 disponíveis, considerando todas as regiões. Tanto na região Oeste como na Seridó, as taxas de ocupação dos leitos ficavam entre 62 e 65%.

Com os dados, a região metropolitana de Natal chegou ao oitavo dia com taxa de ocupação acima dos 80%.

Para o professor Ricardo Valentim, coordenador do Laboratório de Inovação Tecnológica em Saúde (Lais) da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, um ponto que chama a atenção é que, embora a demanda por leitos tenha diminuído no último fim de semana, o giro de leitos (disponibilidade de leitos por altas ou óbitos de pacientes) diminuiu.

"Houve uma redução dos pedidos de internação, porém não está havendo o giro leitos. Em média, são disponibilizados 34 leitos por dia, por alta ou óbito de paciente. Porém esse giro está abaixo da média em 30%. Isso não é comum. É necessário que as secretarias investiguem o que está acontecendo", considerou.

Para ele, a redução dessa disponibilidade em um momento em que a demanda está alta, pode causar um colapso, com mais pessoas na fila de espera que leitos disponíveis.

"Isso não está ocorrendo agora. O que estou dizendo é que os municípios e os estado precisam investigar os motivos do porquê desses leitos não estão sendo liberados. E no caso de não conseguir liberá-los, ter um plano de contingencia para ampliar o número de leitos", disse.

Por G1RN

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