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quinta-feira, 22 de abril de 2021

Pandemia afeta faturamento de 95% dos bares e restaurantes de Natal, diz estudo do Sebrae-RN


Uma pesquisa feita pelo Sebrae no Rio Grande do Norte aponta que 95% dos bares, restaurantes e similares de Natal registraram redução no faturamento mensal por causa da pandemia do novo coronavírus. O levantamento divulgado na terça-feira (20) também diz que quase 10% destes estabelecimentos tiveram que encerrar as atividades de forma definitiva.

Foram ouvidos 253 empresários. Os objetivos eram mostrar a situação dos pequenos negócios que operam nesse ramo e identificar os principais impactos da pandemia.

Dados divulgados pelo governo do estado já indicavam que a queda de faturamento bruto diário das empresas de todo o RN entre março de 2020 e o mesmo mês deste ano da ordem de 30%, caindo de R$ 4,8 milhões para R$ 2,7 milhões em média nesse período.

Segundo o estudo do Sebrae, apenas 2,4% dos estabelecimentos de Natal tiveram alta no faturamento e outros 2,4% mantiveram os níveis de operações. A pesquisa indica que 72% precisaram fazer adequações no horário de atendimento, passando a operar via sistema de entregas e drive-thru (53,2%).

"Muitos tiveram que se adaptar e mudar sua rotina de funcionamento, até pelas limitações colocadas nos decretos, como mostra a pesquisa. É uma situação delicada e o setor precisa de todo tipo de apoio, seja fiscal, financeiro (crédito) ou para inovar, e se adequar ao cenário atual", comentou o gestor do projeto de Turismo do Sebrae-RN, Yves Guerra.

Mais números

Mais da metade dos empresários entrevistados tiveram de demitir trabalhadores, sendo que a maioria não pretende recontratá-los após a crise. Os que fugiram dessa alternativa drástica precisaram reduzir a jornada de trabalho ou os salários dos empregados (27,7%), suspender os contratos (24,8%) e decretar férias coletivas (9,4%).

A redução do faturamento das empresas obrigou 31,2% dos empresários a buscar empréstimos. A finalidade do recurso era para capital de giro (31,2%), pagamento dos funcionários (41,8%) e pagamento dos custos fixos da empresa (34,2%).

Apenas 53,2% conseguiram o recurso e outros 12,6% ainda estão aguardando resposta do banco.


Por G1RN

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