O ex-ministro Tarcísio de Freitas (Republicanos), 47, foi eleito neste domingo (30) o novo governador do estado de São Paulo, derrotando Fernando Haddad (PT) e pondo fim aos quase 30 anos de hegemonia do PSDB no Palácio dos Bandeirantes.
Com 33,62% das urnas apuradas, Tarcísio obteve 57,2% dos votos válidos, ante 42,98% de Haddad. Para projetar a vitória de um candidato, o Datafolha acompanha os dados da apuração divulgados pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral) e, por meio de um sistema próprio, faz a projeção do resultado considerando o peso que cada mesorregião tem em relação ao total de eleitores de cada estado.
Quando há um número razoável de votos apurados em todas as mesorregiões, seguindo composição do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), há um ponto em que é possível estimar que um candidato não pode mais ser ultrapassado, e, portanto, projetar sua vitória.
A candidatura de Tarcísio foi patrocinada pelo presidente Jair Bolsonaro (PL), que designou seu auxiliar na pasta da Infraestrutura para concorrer em São Paulo, apesar de o ex-ministro ter nascido no Rio de Janeiro e vivido em Brasília.
A vitória inaugura uma experiência inédita do bolsonarismo à frente do estado mais rico e mais populoso do país. O vice-governador eleito, Felicio Ramuth (PSD), é ex-prefeito de São José dos Campos (SP).
O novo governador terá ampla maioria na Assembleia Legislativa de São Paulo –os partidos que o apoiam somam 63 das 94 cadeiras da Casa.
Tarcísio foi eleito neste domingo em meio ao andamento da investigação a respeito de um tiroteio que interrompeu sua agenda em Paraisópolis, no último dia 17, no qual uma pessoa morreu. A Folha revelou que um membro da equipe de Tarcísio mandou um cinegrafista apagar imagens do confronto. Haddad explorou o tema, afirmando tratar-se de dificultar a apuração da polícia.
Tarcísio deve seguir em parte a cartilha bolsonarista Aliados do governador eleito ouvidos pela reportagem dizem acreditar que, mesmo sob uma eventual Presidência de Bolsonaro, Tarcísio faria um governo independente: ou seja, sem subordinação ao político do PL, mas alinhado a ele. A expectativa é que Tarcísio conduza uma gestão comprometida com a direita e com o conservadorismo, acenando para a base que o elegeu. As informações são do Folhapress.
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