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quinta-feira, 24 de agosto de 2023

Petrobras assinou preferência na recompra da refinaria Clara Camarão e do Polo Potiguar


A Petrobras assinou com a 3R Petroleum um acordo de preferência e precedência na recompra dos 22 campos de produção de petróleo e da refinaria Clara Camarão, vendidos no pacote do Polo Potiguar.

A informação foi confirmado pelo Blog do Girotto junto a funcionários da estatal que participaram de duas reuniões, neste ano, entre dirigentes da empresa e a força de trabalho.

Com o acordo firmado, a Petrobras tem a garantia de ser informada anteriormente caso a 3R decida vender os ativos e tem a opção de exercer o direito de compra ante de qualquer outro interessado.

 Dessa forma, a Petrobras poderá recomprar os ativos, cuja entrega para a iniciativa privada foi tão lamentada publicamente pela atual diretoria da estatal.
3R já anunciou que pretende negociar a refinaria Clara Camarão

Conforme publicamos aqui, a 3R anunciou a seus investidores que pretende incluir a refinaria Clara Camarão em futuros negócios. A empresa precisa gerar caixa imediato para os próximos meses, e a venda da refinaria deverá ser uma de suas prioridades.

Fontes do blog relataram que, inclusive, já houve conversas extraoficiais entre Petrobras e 3R cujo tema seria a possível aquisição da refinaria pela estatal.

Além do óbvio benefício aos próprios trabalhadores, que são o maior ativo da Petrobras, como já dissemos aqui, a medida poderia resgatar a importância da maior empresa brasileira no RN, onde já foi uma força vital da economia.
Sobre o acordo da Petrobras para a recompra do Polo Potiguar

No último dia 3 de fevereiro, foi o próprio presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, quem afirmou que havia por parte da estatal o interesse em firmar um acordo garantindo a preferência e a precedência na compra dos ativos vendidos à 3R, caso a empresa privada viesse a vendê-los.

Centenas de trabalhadores da Petrobras participaram da reunião entre diretoria e força de trabalho, realizada presencialmente, na sede da estatal em Natal-RN, e também de forma remota, por teleconferência.

Em nova reunião com a força de trabalho, o gerente executivo da Petrobras, Francisco Queiroz, confirmou aos funcionários presentes que a estatal de fato havia assinado com a 3R Petroleum um acordo de preferência e precedência na recompra dos ativos do Polo Potiguar. A reunião ocorreu no último dia 8 de maio.
Outras possibilidades de retorno da Petrobras ao RN

A venda do Polo Potiguar, na qual foi incluída ilegalmente a refinaria Clara Camarão, está comprometida por vícios e tem tudo para ser anulada pela Justiça. Neste caso, a Petrobras teria que reassumir as operações.

Também há a cobrança, da parte dos trabalhadores, de que a empresa abra uma apuração interna sobre as diversas denúncias que envolvem a venda do Polo Potiguar. Há claros indícios de graves vícios em todo o processo, o que deveria levar à sua anulação. Veja mais sobre isso nas seguintes reportagens:Polo Potiguar foi coroação de 5 anos de obscuras transações entre a Petrobras e a 3R
Petrobras vendeu Polo Potiguar à 3R Petroleum por menos da metade do preço
Venda da refinaria Clara Camarão se deu à margem da lei
Venda da refinaria Clara Camarão desrespeitou STF e pode acabar sendo anulada
“Ilegal e imoral”: os fatos sobre a venda do Polo Macau da Petrobras à 3R Petroleum
A bola está com a Petrobras

Conforme denunciou o Sindpetro-RN, em 31 de janeiro (aqui), a “Petrobrás avança no abandono do Rio Grande do Norte com transferências em massa de trabalhadores próprios”.

Uma semana depois, em fevereiro, o atual presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, anunciou que “a Petrobras fica no RN”. 
Centenas de petroleiros comemoraram a perspectiva de reverter o processo de transferências para outros estados, causados pelo fim das operações da Petrobras no Rio Grande do Norte.

Já em 1 de março, o sindicato comemorava que a “Petrobrás deverá suspender venda do Polo Potiguar”. 
Contudo, após uma breve suspensão, a venda do Polo Potiguar foi concluída em 7 de junho deste ano.
 E, apesar da criação da diretoria de Transição Energética e Energias Renováveis da Petrobras, sediada em Natal-RN, hoje a estatal conta com reduzido quadro de pessoal no estado.

Hoje a diretoria da Petrobras é cobrada a tomar uma posição sobre as graves denúncias envolvendo os seus desinvestimentos no Rio Grande do Norte.

Já em 1 de março, o sindicato comemorava que a “Petrobrás deverá suspender venda do Polo Potiguar”. Contudo, após uma breve suspensão, a venda do Polo Potiguar foi concluída em 7 de junho deste ano. E, apesar da criação da diretoria de Transição Energética e Energias Renováveis da Petrobras, sediada em Natal-RN, hoje a estatal conta com reduzido quadro de pessoal no estado.

Hoje a diretoria da Petrobras é cobrada a tomar uma posição sobre as graves denúncias envolvendo os seus desinvestimentos no Rio Grande do Norte.

Motivos e vontade não faltam para que a Petrobras tome as iniciativas necessárias para, efetivamente, ficar no Rio Grande do Norte. Sua nova diretoria já se comprometeu publicamente com esse projeto, em diversas ocasiões, recebendo o importante apoio da governadora Fátima Bezerra e dos parlamentares da esquerda do RN.

Há motivos para que os petroleiros e a sociedade potiguar tenham esperança em uma rápida tomada de atitude por parte da Petrobras e das lideranças políticas do estado. Já havia, por parte de ambos, a disposição de mudar os rumos que levaram à saída da Petrobras do RN. Agora há não apenas uma justificativa para agir, como uma exigência ética e moral

O escandaloso processo de desinvestimentos da Petrobras no RN exige que se faça algo, urgentemente. Os petroleiros e a sociedade potiguar aguardam e se preparam para celebrar o retorno de nossa mais importante indústria.
O que diz a Petrobras

Entramos em contato com a Petrobras, perguntando sobre os termos do acordo assinado pela empresa com a 3R Petroleum para a recompra do Polo Potiguar. A resposta oficial da Petrobras segue transcrita na íntegra abaixo.

A venda de ativos pela Petrobras é realizada por meio de processo rigoroso, respeitando a Sistemática para Desinvestimentos de Ativos e Empresas do Sistema Petrobras, avalizada pelo TCU, bem como pela legislação vigente, sendo a decisão de desinvestimento suportada por análises técnicas e econômicas.

Diversos aspectos dos processos de desinvestimento, e, em especial, os termos contratuais são sujeitos a cláusulas de confidencialidade, como usualmente adotado pela indústria, não sendo passíveis de divulgação.

Não obstante, em atendimento ao princípio de transparência, a Petrobras divulga ao mercado os eventos e condições relevantes dessas transações.

Neste sentido, a transferência do Polo Potiguar para a empresa 3R foi comunicada ao mercado em 7/6/23: Petrobras conclui transferência de participação no Polo Potiguar | Agência Petrobras (agenciapetrobras.com.br). No comunicado, a Petrobras informa sobre o pagamento definido no contrato de venda:

“A operação foi concluída com o pagamento à vista de US$ 1,1 bilhão para a Petrobras, já com os ajustes previstos no contrato. O valor recebido hoje se soma ao montante de US$ 110 milhões pagos à Petrobras na ocasião da assinatura do contrato, realizada em 31/01/2022.
 Além desse montante, é previsto o recebimento pela Petrobras de US$ 235 milhões, que serão pagos em 4 parcelas anuais de US$ 58,75 milhões, a partir de março de 2024.”

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