O engenheiro João Feliz de Carvalho Napoli e a bióloga Caroline de Azevedo Moutinho estavam de casamento marcado. A cerimônia — pequena, só para parentes e amigos mais próximos — seria no próximo dia 16 de agosto. Neste domingo, entretanto, João foi morto, aos 34 anos, na frente da noiva, num ataque à faca na Lagoa, Zona Sul do Rio. O casal estava no carro de João e ia a casa da avó do engenheiro. Por volta das 12h, na altura do Túnel Rebouças os dois foram abordados por um morador de rua que portava uma faca. João entrou em luta corporal com o homem e foi golpeado. Em seguida, Caroline, de 30 anos, saiu do carro para ajudar o noivo, mas também foi atacada com golpes na mão e na barriga. Os dois foram socorridos para o Hospital municipal Miguel Couto. João não resistiu aos ferimentos.
Durante o socorro a João, outro homem foi esfaqueado e ferido pelo morador de rua: o personal trainer Marcelo Henrique Corrêa Cisneiros Reis, de 39 anos, que também não resistiu e morreu no hospital. Ao todo, cinco pessoas — entre elas uma bombeira e um policial militar — ficaram feridas no cerco ao criminoso. Na última postagem que fez no Instagram, há mais de um mês, João se declarou para a noiva: "Todo dia ao seu lado é motivo pra comemorar. Te amo". Na foto, os dois sorriem para a câmera. Caroline agradeceu a declaração de amor: "Coisa mais linda dessa vida!", comentou a bióloga, com mestrado em Imunologia pela UFRJ. O casal namorava desde 2013.
Já no último dia 13 de junho, foi a vez de Caroline escrever uma mensagem para o noivo: "Eu não preciso de um dia pra comemorar a sorte do nosso encontro, nós comemoramos todo dia (ou quase todo) há uns 6 anos, mas ao mesmo tempo vc merece todas as declarações de amor, então aqui estou num enorme clichê mordendo a minha língua, mas transbordando carinho e amor". O texto é a legenda de uma foto em que o casal se beija em meio a árvores, no Alto da Boa Vista.
Já o personal trainer Marcelo Cisneiros, outra vítima do ataque, estava indo para a casa da mãe para o almoço de domingo, quando viu o ataque. Ele foi golpeado quando tentou impedir que o morador de rua chegasse próximo às pessoas que socorriam João, já caído no chão.
— Ele foi ajudar e não vai voltar nunca mais — disse, muito abalada, a bancária Hérica Reis, irmã de Marcelo.
O personal trainer era morador da Penha e dava aulas de crossfit em várias academias espalhadas pela cidade.
Por EXTRA
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